PIOLHO (PEDICULOSE)

O piolho do couro cabeludo (Pediculus humanus capitis) é um inseto que se alimenta do sangue das pessoas e reproduz-se com rapidez.Transmitido de uma pessoa para outra, ele se instala no folículo piloso, ou seja, na base do cabelo, onde deposita seus ovos, as lêndeas, fáceis de serem reconhecidas e que se diferem da caspa porque ficam grudadas no pelo.
O período de incubação dura de 8 a 10 dias. A infestação ocorre mais em crianças, principalmente nas que frequentam escolas e estão em contato com outras crianças. Não tratar a pediculose capilar infantil pode acarretar mau desempenho escolar por causa da coceira, noites mal dormidas e, nos casos mais graves, anemia provocada pela hematofagia desses insetos.
Sintomas
* Coceira intensa no couro cabeludo;
* Feridas causadas pelo ato de coçar;
* Marcas visíveis deixadas pelas picadas de inseto;
* Aparecimento de ínguas e infecções secundárias nos casos mais graves de infestação.
Tratamento
É feito à base de inseticidas piretroides de uso local. Depois da aplicação, o medicamento deve permanecer na cabeça protegida por uma touca durante algumas horas.
A aplicação deve ser realizada durante cinco dias consecutivos e repetida de sete a dez dias depois para atacar os ovos que ainda não haviam eclodido na fase inicial do tratamento, que deve ser estendido para toda a família e/ou parceiros, mesmo que assintomáticos. É importante que, nas escolas, sem exceção, os alunos que estiveram em contato com a criança afetada sejam tratados concomitantemente.
O kit de tratamento tópico já vem com pente fino para remover as lêndeas mortas. Já existem medicamentos por via oral contra a pediculose.
Recomendações
* Examine com frequência a cabeça das crianças;
* Verifique se cílios e sobrancelhas também não estão afetados pelo inseto;
* Troque e lave com regularidade a roupa de uso pessoal e a de cama dos portadores de pediculose. O mesmo deve ser feito com a roupa de todas as pessoas que moram na mesma casa;
* Não use querosene para matar os piolhos e retirar as lêndeas, porque é um produto tóxico;
* Instrua as crianças para não usarem escovas de cabelo ou bonés dos colegas de escola;
* Não se esqueça de que o tratamento da pediculose deve abranger todas as pessoas que convivem no mesmo espaço.
Como se reproduzem
Os piolhos reproduzem-se muito rapidamente. Os piolhos fêmea põem até 10 ovos por dia. Os piolhos vivem 2 a 3 meses. Nesse período de tempo, os piolhos fêmea põem entre 200 a 300 ovos.

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Saltimbancos

Os saltimbancos, artistas medievais que se apresentavam em praça pública e divertiam multidões



Com o fim do Império Romano e o início da Idade Média, no século 5, trupes de mímicos, ventríloquos, ilusionistas e equilibristas, entre outros, começaram a se apresentar em feiras e praças pela Europa. Pulavam de cidade em cidade, sobrevivendo de contribuições espontâneas.
No início da Idade Média, a censura da igreja católica na Europa se fazia dura com qualquer tipo de artista cênico. A utilização da morada do pecado, o corpo, como meio de espetáculo em espaços públicos era proibida. Mas nem por isso se pode dizer que a arte de rua não existisse.
Já do meio para o fim da Idade Média, enquanto o teatro religioso, os milagres e os mistérios saíam da igreja, aqueles artistas que giravam solitários pelas cortes e castelos passaram a encontrar-se nas grandes feiras em torno aos feudos, onde foram criadas verdadeiras companhias de saltimbancos.Feiras que tiveram uma enorme importância não somente comercial, mas social e religiosa, como a de Saint Laurent, na França ou a Bartholomew Fair, na Inglaterra, pois nelas se encontravam diversas culturas, tornandose lugares de reconhecimento de um povo. Para atrair o público nas feiras, em Paris no ano de 1678, como auge da organização artística, foi encenada Forces de l’Amour et de la Magie, que misturava cenas de acrobacias, dança na corda e teatro.

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Teatro Medieval

   Foi marcante do século X ao início do século XV e teve grande
influência no século XVI.
A princípio eram encenados dramas litúrgicos em latim, escritos
e representados por membros do clero. Os fiéis participavam
como figurantes e, mais tarde, como atores e misturavam ao
latim a língua falada no país.
As peças, sobre o ciclo da Páscoa ou da Paixão, eram longas,
podiam durar vários dias. A partir dos dramas religiosos,
formaram-se grupos semi-profissionais e leigos, que se
apresentavam na rua. Os temas ainda eram religiosos, mas o texto tinha tom popular e
incluía situações tiradas do cotidiano. Na França, os jeux (jogos) contavam histórias
bíblicas.
A proibição dos mistérios pela Igreja, em 1548, já na idade moderna, tentou pôr fim à
mistura abusiva do litúrgico e do profano. Essa medida consolidou o teatro popular. Os
grupos se profissionalizaram e dois gêneros se fixaram: as comédias bufas, chamadas de
soties (tolices), com intenções políticas ou sociais; e a farsa, como a de Mestre Pathelin,
que satirizava o cotidiano. Seus personagens estereotipados e a forma como eram
ironizados os acontecimentos do dia-a-dia reapareceram no vaudeville, que no século
XVII foi apresentado nos teatros de feira.
Autores medievais - No século XII, Jean Bodel foi o autor do Jogo de Adam e do Jogo
de Saint Nicolas. Os miracles (milagres), como o de Notre-Dame (século XV), de
Théophile Rutebeuf, contavam a vida dos santos. E, nos mistérios, como o da Paixão
(1450), de Arnoul Gréban, temas religiosos e profanos se misturaram. A comédia era
profana, entremeada de canções. O Jogo de Robin et de Marion (1272), de Adam de la
Halle, foi um dos precursores da ópera cômica.
Espaço cênico medieval - O interior das igrejas era usado inicialmente como teatro.
Quando as peças tornaram-se mais elaboradas e exigiram mais espaço, passaram para a
praça em frente à igreja. Palcos largos deram credibilidade aos cenários extremamente
simples. Uma porta simbolizava a cidade; uma pequena elevação, uma montanha; uma
boca de dragão, à esquerda, indicava o inferno; e uma elevação, à direita, o paraíso.
Surgiram grupos populares que improvisavam o palco em carroças e se deslocavam de
uma praça a outra.

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Solimão, o Magnífico

Solimão, o Grande, ou o Magnífico, nasceu no ano de 1494, em Trebizonda, emorreu a 6 de setembro de 1566, em Szigetvar, na Hungria (assassinado por umsultão otomano). Filho e sucessor de Sélim I. Foi um grande diplomata, além deprotetor das artes e das letras. 
Quando subiu ao poder começou por reparar todas as injustiças cometidas pelopai. Começou por restituir todos os bens que tinham sido confiscados e porreenviar todos os prisioneiros para o seu país. Após ter renegado e ter reprimidoinúmeros movimentos autonomistas, Solimão prometeu guerra à Hungria, quehaveria de pagar o tributo do seu envenenamento, e apoderou-se de Belgradoem agosto de 1521. 
Em 1526 apoderou-se de Pétrovaradin, conquista que levou à batalha deMohács em agosto do mesmo ano contra o rei Luís da Hungria. Após a morte dorei, a Hungria passou a estar sobre o domínio otomano. Foi um período degrandes disputas de poder entre Solimão, João I de Zápolya, arquiduqueFernando da Áustria e o próprio império otomano.
Em 1534 voltou para a Pérsia e conquistou o Azerbaijão, Tabriz e Bagdade.Paralelamente, lançou corsários turcos no Mediterrâneo, chefiados por Khayr Al-Din Barba Roxa, com o fim de atacar e pilhar navios estrangeiros, de forma aenfraquecer as nações rivais. 
Após muitos anos de guerra entre Solimão, João I de Zápolya e o arquiduqueFernando da Áustria, estes soberanos decidiram acabar com a guerra, apesar dosultão dos Otomanos ter ficado obrigado a pagar um tributo anual. O impériootomano estava então numa fase expansiva do ponto de vista territorial, mastambém controlava várias rotas comerciais no Médio Oriente e na EuropaOriental, principalmente as mais ricas, graças a um poderoso exército que tinha,por exemplo, mais de 3 000 000 de homens.
Solimão, para além de ser um guerreiro feroz, estimulou poetas e escritores doseu tempo, como também mandou construir as mesquitas de Shéhéade em1548, e a grande mesquita de Suleymanie, de 1550 a 1557, no Iraque, cidadebatizada em sua honra. O arquiteto que projetou esta última mesquita foi MimarSinan, o mesmo que acabou por conceber o palácio de Uskudar (Skhoder, naatual Albânia).

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